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Jornadas de Latinoamérica y Caribe
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Ações do documento

O que ver e fazer

por Lucía Sanjaime CalvetÚltima modificação 09/08/2011 18:52

 


Cataratas do Iguaçu, destino do mundo

O Rio Iguaçu, que nasce na Serra do Mar, na região metropolitana de Curitiba, e atravessa todo o estado do Paraná, proporciona um majestoso espetáculo pouco antes de desembocar no Rio Paraná, na fronteira trinacional entre Brasil, Argentina e Paraguai. Os últimos 50 quilômetros do Iguaçu correm dentro do Parque Nacional que leva o mesmo nome e é a maior área de preservação ambiental do Sul do país. É nesse espaço de natureza exuberante que estão as Cataratas do Iguaçu.

As cataratas nascem em meio ao verde do parque, onde as águas primeiro formam piscinas naturais para depois despencar de gigantescos paredões de basalto num conjunto de 275 saltos. É esta enorme quantidade de quedas, em forma de ferradura, com 2.700 metros de extensão – 800 no Brasil e 1.900 na Argentina –, que atrai visitantes dos cinco continentes e consagra o destino Iguaçu como um dos mais visitados no Brasil pelos turistas estrangeiros.

Na caminhada de 1,5 quilômetro pelas passarelas construídas na margem brasileira do Iguaçu, a inebriante vista panorâmica é o maior destaque, mas ainda há os encantos da fauna, como as borboletas e seu vôo quase mágico e as brincadeiras dos quatis, e da flora, com exemplares únicos no mundo.

Dentro do Parque, próximo às quedas, está o Hotel Cataratas, todo em estilo colonial português e recentemente adquirido pelo grupo inglês Orient-Express. A rede hoteleira pretende transformá-lo em um estabelecimento com padrão superior ao cinco estrelas.

Outro destaque da infra-estrutura invejável construída pela iniciativa privada para atender aos visitantes no Parque Nacional do Iguaçu é o espaço Porto Canoas, que além de uma vista privilegiada da parte superior das Cataratas conta com um restaurante de padrão internacional que abre para uma programação especial em noites de lua cheia. Os tons de prata das cachoeiras sob a luz do luar são o principal atrativo do Luau das Cataratas.

Em território argentino, a emoção é garantida pela proximidade aos inúmeros saltos, como o maior de todos, a Garganta do Diabo. Esse salto, em forma de ferradura, é o ponto alto de um roteiro de trilhas e circuitos que somam mais de quatro quilômetros de caminhada.

Além do extenso conjunto de trilhas, o Parque Iguazú tem diversos atrativos, entre os quais os jipes elétricos, encarregados de levar os visitantes a alguns passeios específicos.

O Parque abriga ainda um hotel cinco estrelas, o Sheraton Internacional Iguazú Resort, que detém uma vista frontal das Cataratas.

 

Patrimônio Natural da Humanidade

Tombado pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade, em 1986, o Parque Nacional do Iguaçu, onde estão as Cataratas do lado é o segundo parque nacional mais antigo do Brasil. Foi criado em 1939, com uma área de 185 mil hectares. Do lado argentino, o Parque Nacional do Iguazú tem 67 mil hectares.

O parque é considerado uma das últimas reservas florestais da Mata Atlântica do Brasil e a maior reserva de floresta pluvial subtropical do mundo.

A diversidade biológica do parque impressiona pelos números: são 257 espécies de borboletas, 18 de peixes, 12 de anfíbios, 41 espécies de serpentes, 8 de lagartos, 340 de aves e 45 de mamíferos, atraindo a atenção de vários pesquisadores que ali encontram fonte para relevantes trabalhos científicos.

O Parque Nacional do Iguaçu abriga em seu território espécies raras da fauna e da flora. São milhares de animais, muitos deles ameaçados de extinção, como a onça-pintada e o jacaré-de-papo-amarelo, e algumas espécies de aves bastante raras, como a jacutinga, o gavião harpia e o papagaio-de-peito-roxo.

A flora também é bastante diversificada. Há espécies que chegam a atingir 30 metros de altura, como a timbaúva, o cedro, a peroba e os ipês, além de orquídeas e bromélias.

 

Ecoturismo e aventura do Brasil

Quem acredita que visitar a Tríplice Fronteira se resume a ver as Cataratas, fazer compras em Ciudad del Este e jantar em Puerto Iguazú, ainda não conhece o turismo ecológico e de aventura que a região oferece.

Existem excelentes e variadas opções para a prática de esportes de contato com a Natureza. E o palco principal para as aventuras radicais é o Parque Nacional do Iguaçu, em ambos os lados da fronteira entre Brasil e Argentina. Mas existem também outras atrações, como o Salto Monday, no Paraguai, o Lago de Itaipu, a Ponte Tancredo Neves e o Yacutinga Lodge, uma Reserva Privada de Proteção à Natureza (RPPN) no coração da selva de Missiones.

O passeio mais famoso é o Macuco Safári, que permite admirar as Cataratas por um ângulo diferente, a partir do nível do Rio Iguaçu. Quem topa o desafio experimenta fortes emoções. O Macuco Safári é uma ousada navegação pelo Rio Iguaçu que leva os turistas a poucos metros das quedas d'água mais famosas do Brasil. Ligeiros botes infláveis rasgam as corredeiras rio acima, em busca de belas paisagens.

Outra opção é praticar rafting nas violentas corredeiras embaladas pelas Cataratas, em botes infláveis, impulsionados a remo. E há ainda o Campo de Desafios, circuito que oferece várias modalidades de esportes radicais, como arvorismo, escalada e tirolesa. Uma sugestão aos aventureiros é escalar as rochas que formam o cânion do rio Iguaçu e praticar o rapel a menos de 100 metros das quedas d’água, com descidas de até 50 metros de altura.

Para os que preferem um contato mais tranqüilo com a Natureza, as trilhas dentro do Parque são um passeio deslumbrante. A dica é percorrer a Trilha da Bananeira, a Trilha do Poço Preto e a Linha Martin. Guias bilíngües acompanham os passeios, que combinam navegação em barcos de alumínio, com motores especiais, e caiaques infláveis (ducks) pelo Rio Iguaçu, em ilhotas localizadas acima das quedas d'água.

Atravessando a fronteira, as opções são o Salto Monday, no Paraguai, um conjunto de três quedas d'água (a maior delas, de 40 metros de altura), que se precipitam próximas à foz do rio Monday, um dos principais afluentes paraguaios do rio Paraná. O Salto Monday é ideal para escaladas, rapel e trekking.

Do lado argentino, o circuito de aventura Iguazú Forest oferece uma série de atividades, que vão desde os safáris fotográficos, aventuras 4x4, wet rappelling, cabo aéreo, caminhadas ecológicas, camping, canoagem, observação de pássaros e até paint ball na selva.

Outra opção é o Yacutinga Lodge, que combina caminhadas ecológicas, passeios por trilhas, navegação nas águas mansas do Rio Iguaçu, floating pelo Riacho San Francisco e eco-tours baseadas na observação de aves, plantas medicinais, orquídeas e borboletas. Lá, o turista poderá ainda participar do plantio de árvores nativas, fazer incursões à mata durante a noite e se hospedar em um aconchegante hotel construído no meio da mata.

A região oferece muito mais aos aventureiros: passeios de barco, iates, canoagem, pescarias e vôos de trike, um aparelho formado de asa delta, motor e triciclo. O Weekend Fly é um emocionante vôo sobre alguns dos principais pontos de visitação da cidade e da Costa Oeste, em especial o Lago de Itaipu e suas encantadoras praias artificiais.


Como fazer boas compras

O centro comercial de Ciudad del Este, no Paraguai, já chegou a ser o segundo maior do mundo em negócios nos anos 90. Ali se pode comprar produtos do mundo inteiro, a preços interessantes.

Hoje, porém, algumas coisas mudaram na região. A começar pela cota de importação estipulada pela Receita Federal, de 350 dólares por pessoa, que afastou parte dos chamados sacoleiros. Quem gasta acima disso tem de recolher impostos sobre o valor excedente. Entretanto, fazer compras na fronteira continua sendo um ótimo negócio, desde que se sigam alguns conselhos importantes.

Por exemplo, todo cuidado é pouco com os camelôs. Embora atraentes pelos preços módicos, os ambulantes costumam vender produtos falsificados. As grandes lojas de departamento e shoppings tradicionais cobram um pouco mais caro, mas trabalham com mercadorias originais que chegam às prateleiras como verdadeiras pechinchas graças aos baixos impostos cobrados pelo governo paraguaio.

Outra dica é sempre levar dólares para fazer compras fora do Brasil, pois os preços dos artigos importados são geralmente fixados com base na moeda norte-americana. Além disso, as casas de câmbio dos países vizinhos praticam cotações desvantajosas e o risco de trocar dinheiro na rua, com cambistas, é altíssimo. Já os cartões de crédito andam em desuso. Poucas lojas os aceitam, e, nestes casos, cobram taxas consideráveis, por causa da transação internacional.

Mais uma precaução a ser observada é testar o produto escolhido antes de fechar negócio. Afinal, uma eventual troca é praticamente impossível para quem mora longe de Foz. E, ao se certificar do funcionamento da mercadoria, esteja atento se o vendedor embala e lhe entrega o mesmo artigo selecionado ou algum similar não testado.

Por fim, não deixe para fazer compras no domingo, dia em que praticamente todas as lojas da fronteira estão fechadas. Se esta for a sua única data livre, vá à Casa Americana, única a abrir as portas.

Destino secundário da região, mas não menos interessante, é a pacata cidade argentina de Puerto Iguazú, que abriga um comércio familiar que aspirava prosperidade até a crise cambial que levou a Argentina à bancarrota. Atualmente, a recuperação da economia local é visível, fazendo da cidade um bom lugar de compras para quem busca vinhos e roupas. Para chegar lá, é necessário apresentar a carteira de identidade ou passaporte na aduana.

 

Uma das maravilhas do mundo moderno

Visitada por quase 14 milhões de pessoas de todos os continentes, desde sua inauguração, a hidrelétrica de Itaipu é, segundo a Associação Norte-americana de Engenheiros Civis, uma das sete maravilhas do mundo moderno, ao lado de obras como a ponte Golden State, o canal do Panamá, o Eurotúnel, o edifício Empire State e a torre Canadian National. Este ano, a usina voltou a ser apontada como uma das obras mais importantes da atualidade, dessa vez em um ranking elaborado por especialistas consultados pela rede de TV CNN.

A hidrelétrica binacional é resultado do esforço de engenharia do Brasil e do Paraguai e de 40 mil trabalhadores, que venceram o desafio de converter em energia elétrica as águas do Paraná, um dos mais caudalosos rios do mundo. Sinônimo de gigantismo, seus números impressionam. Só o volume de concreto usado na construção serviria para construir 210 estádios como o Maracanã, enquanto o ferro e o aço utilizados seriam suficientes para erguer 380 torres como a Eiffel.

O lago que alimenta a usina tem 170 quilômetros de comprimento, se estendendo de Foz do Iguaçu aos limites entre os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. O imenso volume de água resulta em um dos mais belos espetáculos que a hidrelétrica oferece, que é a abertura do vertedouro, com uma vazão 40 vezes superior à das Cataratas do Iguaçu.

Para atender ao crescente número de visitantes, Itaipu tem investido em diversas melhorias de seu complexo turístico, que inclui, além da própria barragem, o Refúgio Biológico Bela Vista, o Ecomuseu e o Parque da Piracema. Além disso, o Centro de Recepção de Visitantes foi reformulado e a usina ganhou uma nova atração: a Iluminação da Barragem.

As possibilidades de passeios pela Itaipu se dividem em Circuito Especial, Visita Panorâmica e Visita Institucional Técnico-científica. Para o turista comum, o recomendável é o Circuito Especial, que inclui passagens pelos mirantes central e do vertedouro, além de uma incursão ao edifício de produção da hidrelétrica. Ali, é possível contemplar as imensas catedrais de concreto sob a barragem

 

Mais infomações: http://www.fozdoiguacu.pr.gov.br/portal2/home_turismo/informacoes.asp

Vídeo-documentário: http://www.youtube.com/watch?v=LTeCniaBCYg&feature=player_embedded

 


 

 


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